A mediunidade é a capacidade que algumas pessoas têm de viabilizarem a comunicação e a interação com o mundo espiritual. Não existe agrupamento umbandista que não utilize a mediunidade de incorporação como uma forma de fazer a ponte entre os fiéis e as orientações dos seres espirituais. A Entidade Espiritual assume o controle do médium, que passa a apresentar a fala e os gestos dela, atuando por meio de passes e consultas. Os guias (representantes dos Orixás) que se apresentam com mais frequência para trabalhar nos terreiros de Umbanda através da mediunidade de incorporação são os Caboclos (associados à figura de índios), os Pretos-Velhos (associados à figura de africanos de idade avançada) e as Crianças (espíritos que se apresentam com características infantis), além de Exus e Pombagiras (vistos como Guardiões do Astral). Em muitos terreiros temos ainda a manifestação de outras entidades, como Marinheiros, Boiadeiros, Baianos e Ciganos. Para o médium, realizar esse trabalho promove sua própria evolução, além de trazer equilíbrio energético pelo contato com os mentores espirituais, bem como seu aprimoramento moral através dos ensinamentos de seus guias frente aos problemas dos consulentes.